Compartilhar para conquistar

Com o advento da Internet, do surgimento de novos canais de comunicação e do avanço das tecnologias, barreiras geográficas e de tempo deixaram de existir e conexões foram facilitadas, proporcionando o acesso a um enorme volume de informações, em crescimento exponencial e, consequentemente, possibilitando a ampliação do conhecimento.
Porém, da mesma forma que essa disponibilidade de informações é positiva, a impossibilidade de acompanhar todo esse desenvolvimento surge como um entrave. Então, o que pode ser feito para contribuir com esse cenário e facilitar a aquisição de conhecimento? Com práticas de Gestão do Conhecimento.

A adoção de práticas de GC torna-se indispensável na Economia intensiva em conhecimento, de ações que estimulem o compartilhamento e troca de informações e conhecimento entre pessoas com interesses comuns em determinado assunto. Desenvolver momentos para essa finalidade, além de propiciar a inovação, contribui para ampliar o alcance do profissional e reduzir ou validar o tempo dedicado à pesquisa. Cada envolvido apresenta informações a que já teve acesso e o conhecimento adquirido a partir de suas leituras, percepções e “bagagem” prévia.

Não se exclui a relevância e as contribuições de artigos científicos, bases de dados e/ou outros meios de apresentação do conhecimento explícito no processo de construção do conhecimento, mas sim destaca-se que há práticas e ferramentas que contribuem num cenário com tanta informação e demanda do seu consumo. A partir da troca proporcionada pelas práticas, os envolvidos podem identificar os assuntos de maior interesse ou necessidade e direcionar suas pesquisas num processo otimizado.

Dentre as práticas voltadas ao compartilhamento, cita-se alguns exemplos, como: Workshop, Mentoring, Shadowing e a comunidade de prática. A disponibilização de espaços para trabalho colaborativo também é uma opção para estimular as trocas.

Por fim, vale ressaltar que, além do estímulo ao compartilhamento, outros fatores devem ser considerados, como o contexto ou motivação individual, a competência em informação dos envolvidos, suas habilidades em comunicação e características pessoais. Ademais, num ambiente empresarial é primordial que o objetivo estratégico da organização seja levado em conta, de forma que a prática suporte o seu alcance.

Por: Vivianne Mehlan


Sobre a autora:

Vivianne Mehlan é analista de Organização e Métodos e atua com modelagem de processos, normatização, melhoria contínua/Lean. Bibliotecária, especialista em Gestão de Bibliotecas, também possui ampla experiência em Organização da Informação (OI) e gestão da informação empresarial/especializada. É apaixonada por Tecnologias, Inovação e por Gestão do Conhecimento e associada à SBGC.