A excelente exposição realizada pelo Pedro Paulo Carbone iniciou-se a partir da comparação entre a Gestão do Conhecimento e a Gestão por Competência, destacando a importância da experiência e do conhecimento dos indivíduos para o sucesso das organizações, juntamente com as habilidades e atitudes cotidianas. No mundo complexo, onde aprendemos o tempo todo, com tudo e com todos que nos cercam, é importante que o ambiente de trabalho esteja preparado para proporcionar o aprendizado contínuo, em tempo real, integrando o espaço de produção e o espaço da capacitação e desenvolvimento de competências.
A impossibilidade de termos um treinamento customizado às necessidades e níveis de aprofundamento, pôs luz nas trilhas de aprendizagem, em resposta à complexidade do mundo contemporâneo, proporcionando ao profissional escolher entre os vários temas, as várias opções e formas de aprender – filmes, games, interações, sites, palestras, livros, artigos, testes, wikis, cursos... A curadoria do conhecimento empresarial torna-se uma aliada nesse processo, disponibilizando e atualizando um conjunto de informações, integrando o espaço do trabalho e o espaço do desenvolvimento de competências. Foram apresentadas também as diferenças de perfil dos profissionais responsáveis pela elaboração de trilhas (curador de conteúdos) ou trilhos (designer instrucional) bem como a modelagem para a construção de trilhas de aprendizagem, integrando profissionais que vão compartilhar os seus conhecimentos com os demais membros da organização.
Na sequência, Paulo da Luz apresentou o caso prático de integração da gestão de conhecimento e de competências aplicados na Petrobrás, empresa que vem passando por um processo de mudança da gestão de pessoas, marcado pela saída de muitos profissionais. O novo modelo de competências integra as competências do negócio, competências gerenciais e competências técnicas com atitudes corporativas. O diagnóstico individualizado resultante da auto avaliação e da avaliação do gestor resulta na avaliação de desempenho do profissional, que recebe um plano de desenvolvimento individual usando a metodologia 70-20-10. Os recursos das trilhas de desenvolvimento foram apresentados segundo o perfil ocupacional, as estratégias de desenvolvimento e as áreas de conhecimento, sugerindo itinerários formativos adequados para os diferentes níveis hierárquicos.
Autor
Maria Beatriz Barbosa, Diretora Executiva da SBGC.