Para o KM Brasil 2011, 10º Congresso Brasileiro de Gestão do Conhecimento, foi convidado Dante Alario, presidente e CEO da Biolab, para falar sobre este assunto praticado na sua empresa.
Em entrevista dada para o KM Brasil 2011, o CEO comentou que a Biolab já praticava alguns aspectos da gestão do conhecimento antes mesmo de conhecer seu conceito. Por ser uma empresa de inovação, a Biolab precisava de um ambiente que possibilitasse a retenção de toda informação e conhecimento gerado pelas pesquisas realizadas.
Dante Alario afirma que este tipo de gestão é bem recente no Brasil e poucas organizações trabalham efetivamente neste sentido. Ter um setor de gestão do conhecimento não significa atuar em gestão. Muitas empresas encaram este setor como um mero local onde as informações são armazenadas. Porém, segundo o CEO, “a gestão do conhecimento é muito maior, muito mais grandiosa e mais importante do que isso”.
No setor farmacêutico a Biolab é pioneira e única a trabalhar nesta área. Foi com dificuldade e agindo por conta própria que a empresa se aventurou e implantou, há 3 anos atrás, uma metodologia que permite organizar todo o conhecimento da empresa.
Entendendo que haveria uma mudança cultural em todos os departamentos e sem encontrar um profissional que pudesse ser contratado para solucionar as demandas, resolveram eleger um médico da própria empresa. Por ser Professional que se relaciona bem com seus pacientes, seria a pessoa ideal para receber treinamento e ser capacitado para exercer a função de gestor.
De acordo com Dante Alario, um fator negativo, capaz de atrapalhar a gestão do conhecimento na organização, é a falta de habilidade do gestor em se relacionar com os demais colaboradores da empresa. Por ser uma atividade que permeia todos os setores, atingindo pessoas de A a Z, o gestor, além de possuir o conhecimento sobre gestão, precisa também saber se relacionar e facilitar o relacionamento entre as pessoas permitindo que haja compartilhamento de informação e portanto a construção de novos conhecimentos. Este relacionamento, quando mal realizado, pode ser um fator de fracasso da gestão.
Dante Alario comenta que a principal função do KM Brasil é a comunicação, pois proporciona um local onde as pessoas conseguem se relacionar, conversando, ouvindo pessoas mais experientes, trocando informações e buscando soluções para seus problemas. Por unir pessoas da academia e das empresas, o ambiente é favorável para que haja troca e criação de conhecimento.
*Tatiana Takimoto é membro associada da SBGC, Mestranda em Mídias do Conhecimento na Eduação pelo EGC/UFSC, atuamente é professora substituta na Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC e coordenadora técnica de gestão do programa Jovem SBGC. Fale com Tatiana (tatiana.takimoto@sbgc.org.br).