O futuro que nos espera: Você gostaria de ter um professor robô?

A Escola de Ensino Técnico Saúde e Bem-Estar chamou atenção do Brasil por ser a primeira instituição educacional a ofertar um curso em que uma das disciplinas é ministrado 100% por robô.

A Escola de Ensino Técnico Saúde e Bem-Estar chamou atenção do Brasil por ser a primeira instituição educacional a ofertar um curso em que uma das disciplinas é ministrado 100% por robô. 

O futuro que nos espera: Você gostaria de ter um professor robô?

O que mais chamou atenção é que a disciplina escolhida é Auricologia, uma matéria que teoricamente o ser humano seria insubstituível.

Nagasaki, doutor em robótica e pioneiro no tema, explica com grande entusiasmado que o professor robô, primeiro no Brasil, consegue definir com precisão os pontos que deverão ser tratados no indivíduo. Dessa forma, o robô – mais conhecido como Orelhão – consegue ensinar a técnica para seus alunos de forma muito simples e eficiente, em que a precisão do Orelhão é replicada pelos alunos.

Apesar da eficiência comprovada, a escola Saúde e Bem-Estar tem tido dificuldades em confirmar matrículas devido ao novo professor. Muitos interessados, desconhecem essa nova tendência que está em pleno vapor na Coréia do Sul, de acordo com a matéria publicada no G1 em 2010. Em entrevista a revista Época Negócios o vice-reitor Anthony Seldon, da Universidade de Buckinghan na Inglaterra, disse que “os programas serão capazes de ler o cérebro e as expressões faciais dos alunos”.

A escola Saúde e Bem-Estar está ofertando aula experimental para quem quiser conhecer o trabalho do professor Orelhão. O doutor Nagasaki ressalta que, após muitas pesquisas, entendeu que a Inteligência Artificial do Orelhão deveria ser construída com base nos princípios da andragogia apresentada por Abio, que defende um aprendizado aplicável, claro e relevante que possibilite entender o adulto como um ente psicológico, biológico e social, sendo assim ofertando o aprendizado por meio da experiência com os próprios alunos.

O diretor Hiroshima relata que apoiou a ideia do doutor Nagasaki devido a várias reclamações dos professores de sua escola sobre as distrações digitais, pois atrapalham o processo de aprendizado. Com isso, o diretor viu uma forma de concretizar o que Blackley e Sheffield já havia divulgado em suas pesquisas, a andragogia digital. Ou seja, para superar esse obstáculo, nada melhor do que revisar as habilidades de aprendizagem do século XXI voltado para os perfis dos alunos, utilizando essas tecnologias para facilitar o aprendizado, e consequentemente, recriar a educação. 

Apesar da preocupação da escola com ensino de ótima qualidade, os professores desta instituição fizeram protesto contra o robô Orelhão, pois acreditam que sem o professor humano o ensino ficará comprometido, visto que não acreditam na capacidade de interação aluno-professor robô em sala de aula, e também com o desemprego na classe. 

O diretor Hiroshima conseguiu conter os protestos explicando que os robôs possuem capacidade de interação, e que os professores são de fundamental importância para esse processo, visto que eles atuariam nos bastidores auxiliando na criação das técnicas de aprendizado, monitoramento de ensino e controle de qualidade. O que afetaria positivamente a qualidade de vida dos professores, pois diminuiria a carga de estresse que a categoria vivencia na atualidade, ou seja, sendo uma escola referência em promoção de saúde, portanto se alinhando a proposta lançada pela OPAS/OMS Organização Pan-Americana da Saúde. 

Que tal assistir uma aula com o professor Orelhão?

REFERÊNCIAS
*Este post foi elaborado pelas alunas do curso de especialização em Educação Corporativa do Centro Universitário Senac Santo Amaro, com técnicas de storytelling prospectivo para a disciplina de Gestão da Complexidade. 

ABIO, Gonzalo. Andragogia e Inclusão Digital: algumas reflexões. Disponível em: <https://seer.ufs.br/index.php/edapeci/article/view/597/501>
Acesso em: 05 de abril de 2018. 

BLACKLEY, Susan; SHEFFIELD, Rachel, 2015. Digital andragogy: A richer blend of initial teacher education in the 21st century. Disponível em: <http://www.iier.org.au/iier25/blackley-2.pdf> Acesso em: 10 de abril de 2018. 

ROBÔS SUBSTITUEM PROFESSORES EM SALAS DE AULA DA CORÉIA DO SUL. G1. Disponível em: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2010/12/robos-substituem-professores-em-salas-de-aula-da-coreia-do-sul.html. Acesso em: 05 de abril de 2018.

ROBÔS PODEM COMEÇAR A SUBSTITUIR PROFESSORES EM 10 ANOS, DIZ ESPECIALISTA. Época Negócios. Disponível em: https:www.google.com.br/amp/s/epocanegocios.globo.com/amp/Tecnologia/noticia/2018/02/robos-podem-comecar-substituir-professores-em-10-anos-diz-especialista.html. Acesso em: 05 de abril de 2018.

ROCHA, Vera Maria; FERNANDES, Marcos Henrique. Qualidade de vida de professores do ensino fundamental: uma perspectiva para a promoção da saúde do trabalhador. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S004720852008000100005>. Acesso em: 11 de abril de 2018. 

Sobre as Autoras
Irene Dennize dos Santos é formada em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, pós-graduada em Gestão Estratégica, Inovação e Conhecimento pela ESAB. Tem experiência de 12 anos no setor bancário e atualmente trabalha no Serviço de Atendimento do Banco do Brasil na área de treinamento e desenvolvimento. 

Amanda de Souza Borba é formada em psicologia pela Universidade Bandeirante de São Paulo, cursou Formação em Terapia Cognitivo-Comportamental pelo CETCC e cursa pós-graduação em Educação Corporativa no SENAC. Tem experiência em Recrutamento, Seleção e Treinamento & Desenvolvimento de pessoas em empresas de varejo e prestadoras de serviços. 
Atualmente é analista de treinamento na Gocil Segurança e Serviço desde maio de 2017.  

Camila Franzin Trajano formada em pedagogia pela Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU e atualmente é responsável pelo espaço acessibilidade do Centro Universitário Senac Santo Amaro.