- Indústria farmacêutica: a sua evolução desde invenção da penicilina, os primeiros antibióticos e a invenção do microscópio. Estes eventos revolucionaram a vida humana. Ainda veremos a revolução com o que está por vir: o avanço do mapeamento do DNA e a nanotecnologia.
- Indústria da música: O vinil (e as suas várias dimensões) dominou o mercado da música; com ele havia o mercado da fita cassete (quem lembra da combinação "caneta Bic e fita cassete"?). A popularização do CD na década de 90 praticamente dizimou a indústria do vinil. Depois veio a revolução do MP3 player e toda a reformulação da indústria da música. Agora vivemos uma nova onda, o streaming, que já revoluciona este mercado mais uma vez.
- Indústria de telefonia: quando eu nasci, meus pais não tinham telefone fixo em casa. Alguns anos mais tarde era raro alguém não ter telefone fixo, depois veio o fax, na sequência a ascenção dos celulares e com eles a possibilidade de mandar SMSs, agora a bola da vez são os smartphones que conectam tudo e a todos nas redes sociais. Hoje meus pais novamente não têm telefone fixo em casa.
A grande questão é: como sobreviver a isso?
Particularmente, eu acredito que o fomento de uma cultura de conhecimento é uma alternativa. Independentemente do ramo de atuação, as empresas são geridas e operadas por pessoas e para pessoas.
Uma cultura voltada ao conhecimento trará os insumos necessários para que os colaboradores se adaptem a nova realidade e executem as suas atividades de forma mais produtiva e inovadora. Isso deve estar incorporado na rotina da organização, uma vez que o conhecimento não é algo estático e linear, mas sim dinâmico e altamente dependente do contexto no qual ele é aplicado.
Parte desta adaptação irá ocorrer quando as empresas focarem na identificação e na gestão dos conhecimentos críticos do negócio (conhecimentos necessários para as organizações terem sucesso). Dependendo do tipo de negócio, o conhecimento crítico deve ser protegido ou amplamente difundido.
Nos próximos posts eu vou abordar a importância e o valor do conhecimento e do capital intelectual nas organizações. Também vou abordar como funciona a dinâmica de aquisição e perda de conhecimento.
Sobre o autor:
Leandro Loss é gerente de Gestão do Conhecimento na EY - Advisory Services. Ele tem mais de 10 anos de experiência na área de Gestão de Conhecimento e Aprendizagem Organizacional.