Era uma vez uma terra maravilhosa, abençoada por Deus e chamada pelos portugueses de “O Novo Mundo”. Foram nessas terras imensas, cobiçadas pelos tesouros que lá haviam que nasceu uma grande força naval, tão cheia de tradições e costumes.
Assim sendo, vamos contar a história de um marinheiro chamado Brasileiro. Brasileiro era um homem muito dedicado ao seu trabalho e amava o ofício que realizava. Em um determinado momento de sua carreira, seu país se envolveu em um conflito armado e, Brasileiro lutou até o último momento para que a tripulação de sua embarcação não desistisse da missão de defender o país da invasão do inimigo estrangeiro.
Os desafios eram enormes, pois, ao embarcar no navio designado para a missão, Brasileiro logo percebeu que a embarcação estava em situação precária, de total abandono e sem qualquer possibilidade de suspender e partir para o mar.
No entanto, partir era extremamente necessário e não havia outro navio disponível para a missão. Foi então, quando Brasileiro teve a ideia de utilizar a fragata Afonso. No entanto, havia um problema: o navio estava fora de operação por muitos anos e não havia mais ninguém que soubesse operar aqueles equipamentos e sistemas. A tripulação levaria muitos meses para aprender a operar aquele maquinário.
Diante de toda essa situação, Brasileiro teve uma brilhante ideia: convocar a tripulação que estava na reserva para operar o navio. O espírito de equipe e a fraternidade se fizeram presentes novamente entre os marinheiros. Brasileiro ressaltou a relevância da Gestão do Conhecimento nas organizações e defendeu a valorização da experiência e do conhecimento dos mais antigos para enfrentar os desafios que se apresentam durante a vida profissional.
Muito tempo se passou e ainda hoje os mesmos ensinamentos são válidos. Muitos outros Brasileiros enfrentam todos os dias diversos desafios em defesa da costa brasileira. São muitas as vulnerabilidades existentes: concentração da produção de petróleo no mar, concentração das grandes cidades e dos sistemas produtivos e energético no litoral, comércio exterior dependente de linhas de comunicação extensas, entre outros.
Percebe-se que somente com uma força naval com os meios adequados e voltada para o gerenciamento do conhecimento crítico é que será possível cumprir plenamente a missão de defesa do país.
*Esta narrativa faz parte das atividades de aprendizagem do módulo 1 do Programa Essencial da GC - Formação Executiva de Profissionais de GC.
Sobre a autora:
Magda Gagliardi Salles Abreu é engenheira de produção, especialista em gerenciamento de projetos e atualmente lidera o setor de Gestão do Conhecimento em um grande programa da Marinha do Brasil.