Por: Carlos Alberto De Cicco Ferreira
A dimensão do trabalho mudou com a evolução dos sistemas de produção. A primeira Revolução Industrial aconteceu no século 18 marcado principalmente pelo advento da mquina à vapor na indústria têxtil e locomotiva, nesse período a produção deixou de ser artesanal e passou a ser manufaturada e a produção passou a ser em larga escala. A segunda Revolução Industrial veio somente no final do século 19. Nesse período, a indústria prosperou em outras partes do mundo, como nos Estados Unidos e no Japão, e novas fontes de energia, como o petróleo, passaram a ser utilizadas. Isso permitiu avanços na tecnologia. Os destaques dessa fase são o uso de motores à combustão e a popularização do uso da energia elétrica. No século XX, na década de 1950, no contexto da Segunda Guerra Mundial, ocorreu a terceira Revolução Industrial . O marco principal desta etapa da Revolução Industrial foi o uso da eletrônica e da informática para modernizar a indústria. Começaram a surgir nesse período avanços em diversas áreas da tecnologia, como na robótica, biotecnologia, estudos genéticos, entre outros. A cada Revolução Industrial, o perfil exigido dos trabalhadores foi se modificando.
Em meados de 1990 aconteceram diversas abordagens administrativas com características básicas como Era da Informação e a Influência da Tecnologia; Qualidade total; Competitividade; Gestão de Conhecimento; Gestão do Capital Intelectual; Gestão do Capital Humano; Ativos Intangíveis; Competências Organizacionais e Individuais; Estratégias Organizacionais, entre outras. Isso exigiu que as empresas se preocupassem com a formação de seus trabalhadores.
Uma das principais características da 4ª Revolução, chamada de indústria 4.0, é colocar a máquina e as pessoas trabalhando juntas e trazendo ambientes virtuais que se misturam com ambientes reais, em todo isso, o principal componente que faz com que essas atividades sejam realizadas é o conhecimento, e associado a esse fato, a gestão do conhecimento passa ser um elo essencial em todo este processo uma vez que a cadeia de suprimentos envolve todos os processos desde os fornecedores até o cliente final.
Para que gestão do conhecimento ?
O objetivo final do ciclo de gestão do conhecimento é aplicar o conhecimento. Após a captura e/ou criação do conhecimento, sua codificação e compartilhamento, é imprescindível utilizá-lo, no intuito de diminuir desperdício de tempo e recursos na busca por conhecimento. A chave para o tão almejado sucesso organizacional é a capacidade de capturar conhecimento, transformá-lo em aprendizagem organizacional e reutilizá-lo de forma eficaz na tomada de decisões mais inteligentes.
Armadilhas
Entende-se por armadilhas, as decisões impeditivas para a organização seguir um caminho de crescimento focado e sustentado:
1-Tentar fazer muito - Há pelo menos cinquenta maneiras diferentes de implementar a sua plataforma com sucesso. Elas dependem das pessoas, dos processos e das tecnologias. Evite a tentação de tentar todas.
2-Concentrar-se na Tecnologia - É comum ver as iniciativas concentrarem-se imediatamente nas soluções tecnológicas, incluindo as ferramentas, os sistemas e as bases de dados. Elas podem, obviamente, de grande contribuição para o sucesso do seu programa de GC, mas devem ser sempre escolhidas em função dos seus objetivos, dos processos e dos seus utilizadores.
3-Não envolver os colaboradores da organização - Qualquer iniciativa nova irá falhar se não responder às necessidades do seu público-alvo ou se for vista como um ato isolado.
4-Não inventar a roda - O domínio da gestão de conhecimento existe desde o início dos anos 90. Durante este período aprendeu-se muito. Não deixe de se inspirar com o que foi feito e de beneficiar da grande quantidade de soluções que já foram implementadas.
Desafios
São apresentadas três conjuntos de barreiras, conhecidas pela sigla TOP: barreiras relacionadas à Tecnologia, barreiras relacionadas à Organização e barreiras relacionadas às Pessoas. Dentre essas barreiras, as que mais interferem nos resultados da implantação da GC nas organizações são as relacionadas às Pessoas.
Na categoria tecnológica a falta de tecnologias que atendam às necessidades de compartilhamento é considerada a barreira mais recorrente. Para as organizações, a seleção de tecnologias adequadas para programas de gestão do conhecimento é um grande desafio, pois envolve o equilíbrio de variados elementos, como, falta de recurso, configurações e adequações ao propósito escolhido, reações e adaptações por parte dos funcionários, treinamentos, entre outros elementos. Essas tecnologias devem ser desenvolvidas de forma a garantir a interoperabilidade de sistemas, serviços e informações, visando proporcionar uma adaptação com os sistemas e tecnologias já existentes. É por meio de tecnologias dinâmicas e adaptáveis que será possível uma maior integração e utilização eficaz dos ativos tecnológicos.
Na categoria organizacional, a falta de apoio, suporte e envolvimento ativo e contínuo da alta administração (gestão) e falta de liderança se destacam e direcionam o nível de qualidade em iniciativas de gestão do conhecimento de acordo com a participação direta dos gestores e da alta administração nos processos de estruturação e coordenação dos programas aplicados nas organizações. Abrindo estruturas organizacionais que facilitem fluxos, processos e recursos transparentes de conhecimento, que proporcionem uma cultura organizacional de aprendizado contínuo, comunicação clara dos objetivos e estratégia da empresa, ligando práticas e benefícios de compartilhamento de conhecimento.
Na categoria individual, a falta de confiança nas pessoas pelo potencial de abuso ou pelo crédito injusto é a barreira mais evidenciada, elevando a importância da confiança mútua entre os indivíduos da organização para que a gestão do conhecimento produza os resultados desejados. A natureza humana contribui com variadas motivações, ambições e sentimentos que originam barreiras focadas nos receios, medos e falta de confiança.
Resultados
Os benefícios da implementação da Gestão do Conhecimento .
-Aumento da competitividade;
- Aumento da eficiência;
-Promoção da inovação;
- Redução de erros e imprevistos;
-Diminuição de gastos e desperdício;
-Suporte às tomadas de decisões, que ficam mais assertivas com o tempo;
-Aumento da segurança;
-Equipes mais unidas a partir da cultura do conhecimento compartilhado.
Por fim, práticas de gestão do conhecimento não são apenas modismos da administração moderna. A organização que adota a gestão do conhecimento como ferramenta de gerenciamento aumenta suas possibilidades de alcance de resultados positivos pelo fato de transitar de uma empresa tradicional a aquela que é regida pelo aprendizado, compartilhamento e criação. O conhecimento promove inovação, sendo assim, a empresa que faz uso desse recurso torna-se inovadora e diferenciada. As habilidades e técnicas de produção passam por transformações, deixando-se os métodos antigos que em tempos atuais tornam-se menos eficientes optando por práticas e processos que oferecem melhores resultados.
REFERÊNCIAS:
Artigos de Revisão Biblionline, João Pessoa, v. 13, n. 2, p.3-17,abr/jun., 2017DESAFIOS E BARREIRAS À IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO EM ORGANIZAÇÕES Victor Horta Mestrando em Ciência da Informação-UFMG Bibliotecário do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA)victorgrayfox@gmail. Com Ricardo Rodrigues Barbosa Doutor em Administração Professor titular daECI/PPGCI-UFMGrrbarb@gmail.coM
HOME ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS GESTÃO DO CONHECIMENTO, SUA IMPORT NCIA E RESULTADOS NA GESTÃO OPERACIONAL DA ORGANIZAÇÃO
QUANDT, C. Impactos da Implantação do Processo de Gestão do Conhecimento na Estruturação dos Sistemas de Informações Empresariais. In: INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON KNOWLEDGE MANAGEMENT / DOCUMENT MANAGEMENT, 2001, Curitiba. Anais… Curitiba: PUCPR/CITS, 2001.
Uma das principais características da 4ª Revolução, chamada de indústria 4.0, é colocar a máquina e as pessoas trabalhando juntas e trazendo ambientes virtuais que se misturam com ambientes reais, em todo isso, o principal componente que faz com que essas atividades sejam realizadas é o conhecimento, e associado a esse fato, a gestão do conhecimento passa ser um elo essencial em todo este processo uma vez que a cadeia de suprimentos envolve todos os processos desde os fornecedores até o cliente final.
Para que gestão do conhecimento ?
O objetivo final do ciclo de gestão do conhecimento é aplicar o conhecimento. Após a captura e/ou criação do conhecimento, sua codificação e compartilhamento, é imprescindível utilizá-lo, no intuito de diminuir desperdício de tempo e recursos na busca por conhecimento. A chave para o tão almejado sucesso organizacional é a capacidade de capturar conhecimento, transformá-lo em aprendizagem organizacional e reutilizá-lo de forma eficaz na tomada de decisões mais inteligentes.
Armadilhas
Entende-se por armadilhas, as decisões impeditivas para a organização seguir um caminho de crescimento focado e sustentado:
1-Tentar fazer muito - Há pelo menos cinquenta maneiras diferentes de implementar a sua plataforma com sucesso. Elas dependem das pessoas, dos processos e das tecnologias. Evite a tentação de tentar todas.
2-Concentrar-se na Tecnologia - É comum ver as iniciativas concentrarem-se imediatamente nas soluções tecnológicas, incluindo as ferramentas, os sistemas e as bases de dados. Elas podem, obviamente, de grande contribuição para o sucesso do seu programa de GC, mas devem ser sempre escolhidas em função dos seus objetivos, dos processos e dos seus utilizadores.
3-Não envolver os colaboradores da organização - Qualquer iniciativa nova irá falhar se não responder às necessidades do seu público-alvo ou se for vista como um ato isolado.
4-Não inventar a roda - O domínio da gestão de conhecimento existe desde o início dos anos 90. Durante este período aprendeu-se muito. Não deixe de se inspirar com o que foi feito e de beneficiar da grande quantidade de soluções que já foram implementadas.
Desafios
São apresentadas três conjuntos de barreiras, conhecidas pela sigla TOP: barreiras relacionadas à Tecnologia, barreiras relacionadas à Organização e barreiras relacionadas às Pessoas. Dentre essas barreiras, as que mais interferem nos resultados da implantação da GC nas organizações são as relacionadas às Pessoas.
Na categoria tecnológica a falta de tecnologias que atendam às necessidades de compartilhamento é considerada a barreira mais recorrente. Para as organizações, a seleção de tecnologias adequadas para programas de gestão do conhecimento é um grande desafio, pois envolve o equilíbrio de variados elementos, como, falta de recurso, configurações e adequações ao propósito escolhido, reações e adaptações por parte dos funcionários, treinamentos, entre outros elementos. Essas tecnologias devem ser desenvolvidas de forma a garantir a interoperabilidade de sistemas, serviços e informações, visando proporcionar uma adaptação com os sistemas e tecnologias já existentes. É por meio de tecnologias dinâmicas e adaptáveis que será possível uma maior integração e utilização eficaz dos ativos tecnológicos.
Na categoria organizacional, a falta de apoio, suporte e envolvimento ativo e contínuo da alta administração (gestão) e falta de liderança se destacam e direcionam o nível de qualidade em iniciativas de gestão do conhecimento de acordo com a participação direta dos gestores e da alta administração nos processos de estruturação e coordenação dos programas aplicados nas organizações. Abrindo estruturas organizacionais que facilitem fluxos, processos e recursos transparentes de conhecimento, que proporcionem uma cultura organizacional de aprendizado contínuo, comunicação clara dos objetivos e estratégia da empresa, ligando práticas e benefícios de compartilhamento de conhecimento.
Na categoria individual, a falta de confiança nas pessoas pelo potencial de abuso ou pelo crédito injusto é a barreira mais evidenciada, elevando a importância da confiança mútua entre os indivíduos da organização para que a gestão do conhecimento produza os resultados desejados. A natureza humana contribui com variadas motivações, ambições e sentimentos que originam barreiras focadas nos receios, medos e falta de confiança.
Resultados
Os benefícios da implementação da Gestão do Conhecimento .
-Aumento da competitividade;
- Aumento da eficiência;
-Promoção da inovação;
- Redução de erros e imprevistos;
-Diminuição de gastos e desperdício;
-Suporte às tomadas de decisões, que ficam mais assertivas com o tempo;
-Aumento da segurança;
-Equipes mais unidas a partir da cultura do conhecimento compartilhado.
Por fim, práticas de gestão do conhecimento não são apenas modismos da administração moderna. A organização que adota a gestão do conhecimento como ferramenta de gerenciamento aumenta suas possibilidades de alcance de resultados positivos pelo fato de transitar de uma empresa tradicional a aquela que é regida pelo aprendizado, compartilhamento e criação. O conhecimento promove inovação, sendo assim, a empresa que faz uso desse recurso torna-se inovadora e diferenciada. As habilidades e técnicas de produção passam por transformações, deixando-se os métodos antigos que em tempos atuais tornam-se menos eficientes optando por práticas e processos que oferecem melhores resultados.
REFERÊNCIAS:
Artigos de Revisão Biblionline, João Pessoa, v. 13, n. 2, p.3-17,abr/jun., 2017DESAFIOS E BARREIRAS À IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO EM ORGANIZAÇÕES Victor Horta Mestrando em Ciência da Informação-UFMG Bibliotecário do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA)victorgrayfox@gmail. Com Ricardo Rodrigues Barbosa Doutor em Administração Professor titular daECI/PPGCI-UFMGrrbarb@gmail.coM
HOME ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS GESTÃO DO CONHECIMENTO, SUA IMPORT NCIA E RESULTADOS NA GESTÃO OPERACIONAL DA ORGANIZAÇÃO
QUANDT, C. Impactos da Implantação do Processo de Gestão do Conhecimento na Estruturação dos Sistemas de Informações Empresariais. In: INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON KNOWLEDGE MANAGEMENT / DOCUMENT MANAGEMENT, 2001, Curitiba. Anais… Curitiba: PUCPR/CITS, 2001.
Sobre o autor:
Carlos Alberto De Cicco Ferreira
AMAZUL - Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. - Especialista Desenv. Tecn Nuclear e Defesa, atua na área industrial e processo desde 1986 em atividades técnico/prática multidisciplinares.
Graduado em Engenharia Eletrônica com extensão em telecomunicações pela FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba.
Carlos Alberto De Cicco Ferreira
AMAZUL - Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. - Especialista Desenv. Tecn Nuclear e Defesa, atua na área industrial e processo desde 1986 em atividades técnico/prática multidisciplinares.
Graduado em Engenharia Eletrônica com extensão em telecomunicações pela FACENS – Faculdade de Engenharia de Sorocaba.
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