A CoP se estrutura a partir dos conceitos sociais e da próprio natureza relacional do ser humano e podem ocorrer de forma presencial, eletrônica ou híbrida.
Segundo estudos realizados pela APQC as Comunidades de Práticas estão assumindo um papel-chave na gestão do conhecimento das organizações. Isto ocorre por elas transcenderem fronteiras criadas por estruturas hierárquicas, funções, aspectos geográficos e tempo. Nas organizações modernas, globais e baseadas no conhecimento, as comunidades viabilizam um ambiente de geração de conhecimento que flui por todas estas fronteiras.
A criação de uma Comunidade de Práticas viabiliza um meio através do qual é proporcionado à empresa a retenção do conhecimento, a troca de conhecimentos entre os mais experientes e mais jovens, o fortalecimento das redes entre os profissionais.
Com isto, a empresa passa a ter economia de tempo e recursos, além de possibilitar uma melhoria contínua na qualidade dos seus processos.
O primeiro passo para a implementação de uma Comunidade de Práticas, independente do tipo, é a definição de sua identidade: qual a expectativa da organização com relação a esta comunidade, qual o tema que ela abordará, quem será seu grupo-alvo e quem será seu patrocinador.
O próximo passo, após a implantação da governança, é a estruturação do ambiente tecnológico em que a comunidade será desenvolvida e a criação dos processos básicos de funcionamento da mesma (publicação, validação, cadastramento de membros, etc.).
Um bom ponto de partida para ativação da rede é com práticas de RH, onde pode-se associar a participação em comunidades com planos de carreira, mentoria ou avaliação por competências. Outras áreas potenciais: comunicação, jurídico, TI, segurança da informação, PLM, gestão de projetos, inovação etc. Não esquecer, porém, que depende do contexto de cada organização.
Leia também: Afinal, o que é uma comunidade de prática?
Sobre o Autor:
Fernando Fukunaga é um entusiasta da economia do conhecimento, dos novos modelos de gestão e métodos participativos de ensino e aprendizagem.
É doutorando em administração na PUC-SP, mestre em Administração pela PUC-SP, especialista em Conhecimento e inovação, bacharel em Administração e designer de Fluxos de Conversação.
Atualmente é membro da Diretoria Executiva da SBGC, responsável pela área de educação em GC, relacionamento com associados e organização do KM Brasil.
É Professor nos cursos de especialização de educação corporativa e gestão estratégica de pessoas no SENAC-SP, pesquisador registrado no CnPq pela PUC-SP e Community Manager da Comunidade de Práticas de Maturidade em Gestão do Conhecimento e Inovação.