Hoje continuando nossa Série de TOP 8 Práticas de gestão do conhecimento utilizada pelas organizações membro da Comunidade de Práticas (CoPs) de Maturidade em Gestão do Conhecimento e Inovação (MGCi), gostaríamos de compartilhar algumas dicas sobre a prática de Benchmarking.
Veja os outros da Série TOP 8: Vamos aprender mais sobre práticas de GC?
Parte 1: Mapeamento do Conhecimento Critico
Parte 2: Comunidade de Práticas
Parte 3: Pesquisa Aplicada
Parte 4: Páginas Amarelas
Parte 5: Lições Aprendidas
Como já mencionado anteriormente está série trata-se de um resultado alcançado pelos membros daCoPs MGCi, qual destaco aqui, a colaboração de Fabio Vernalha (Natura Cosméticos), demais membros serão sempre mencionados nos posts de compartilhamento.
A prática de se comparar ou até mesmo de conhecer projetos de sucesso para elaboração do seu própria projeto, não trata-se de algo inventado pela gestão do conhecimento, pelo contrário a prática de benchmarking vem sendo utilizada bem antes do rotulo gestão do conhecimento chegar ao seu auge em meados dos anos 2000. Entretanto vale ressaltar que, o que se busca e se buscava com isso, nada mais é do que o conhecimento consolidado, confiável e com crédito de algo, para ser elemento inspirador para algo novo e por que não uma simples replicação ou transferência de know how?
Boa Leitura!
Benchmarking
O que é:
Benchmarking é uma prática de Mercado conhecida pela troca de informações e conhecimentos entre as Empresas, sobre determinado know how que uma delas tenha e que seja aspiracional para o outra.
Segundo Christopher E. Boagan, "Benchmarking é simplesmente o método sistemático de procurar os melhores processos, as ideias inovadoras e os procedimentos de operação mais eficazes que conduzam a um desempenho".
Pode ser considerada também a seguinte definição: "Processo contínuo e sistemático que permite a comparação das performances das organizações e respectivas funções ou processos face ao que é considerado "o melhor nível", visando não apenas a equiparação dos níveis de performance, mas também a sua ultrapassagem" (DG III – Indústria da Comissão Europeia, 1996)
Quando utilizar:
Normalmente, a melhor hora para utilizarmos Benchmarking é quando desejamos "referências" de modelos e práticas, que devidamente customizadas podem ajudar na construção de modelos e práticas próprias, considerando a identidade organizacional da Empresa que atuamos, bem como seu planejamento estratégico.
O que é necessário:
É necessário ter clareza quanto aos temas que são aspiracionais para a Organização e buscar no mercado as empresas que são referências para àqueles assuntos.
Também é preciso muita ética no tratamento dos conhecimentos adquiridos por meio do Benchmarking e contextualização do que foi aprendido à realidade da Organização.
Como aplicar:
In loco, visitando ou recebendo Organizações para aquisição e transmissão de conhecimentos.
Podem beneficiar desta ferramenta de gestão: - Empresas públicas e privadas, governo e terceiro setor, independentemente da dimensão, dos setores de atividade, e ainda a nível do indivíduo.
Boas práticas, dicas e possíveis adaptações:
Normalmente o Benchmarking ocorre para a avaliação comparativa das seguintes áreas dentro das Organizações:
- Financeira;
- Desenvolvimento de pessoas
- Gestão;
- Excelência do Negócio;
- Marketing;
- Produção;
- Saúde e Segurança no Trabalho;
- Energia e Ambiente;
- Inovação;
- Responsabilidade Social;
- Logística e Transportes.
Consideração os seguintes critérios de comparação:
- Volume de Negócios;
- Nº de trabalhadores;
- Região;
- Setor de actividade ou Classificação da Atividade Económica.
Exemplos de aplicação:
Bradesco - UniBrad
Com o lançamento oficial da Universidade Corporativa Bradesco, em maio de 2013, algumas empresas tem nos visitado para Benchmarking, principalmente com foco no aprendizado dos seguintes aspectos:
- modelo estruturado
- práticas do dia a dia
- governança
- -ndicadores
Aprenda mais:
http://usuarios.uninet.com.br/~josehigi/benchcaso.html
http://www.qsp.org.br/biblioteca/estudo_casos.shtml
Processo de Conhecimento
(X) Planejamento ( ) Criação (X) Codificação e Organização (X) Compartilhamento e Disseminação ( ) Manutenção e Proteção (X) Acesso e Aplicação
Empresas com aplicação:
Embraer;
Natura;
MWM.
Sobre os autores:
Fabio de Carvalho Vernalha, apaixonado por Gestão e por Inovação, é por formação Engenheiro Naval pela Poli/USP, pós-graduado em Gestão de Negócios com ênfase em Sustentabilidade pela Fundação Dom Cabral e mestrando em Empreendedorismo e Inovação pela FEA/USP.
Está há 4 anos na Natura, sendo atualmente responsável pelo Inteligência Competitiva, área que integra a VP Marcas e Negócio.
Possui histórico de atuação em Escritório de Projetos, Processos, Gestão do Conhecimento e Inovação na Natura e em passagens pela TAM S/A, TerraForum Consultores e Endearvor.
É coautor do livro “10 Dimensões da Gestão da Inovação” em conjunto com José Cláudio Terra.
Fernando Fukunaga, é Gestor de Educação e Comunidades em Gestão do Conhecimento e Inovação da SBGC Nacional. Mestre em Administração pela PUC/SP. Acredita que conhecimento é fonte para uma sociedade mundial unida para a produção de propósito compartilhado, luz e paz para todos que buscam viver em harmonia.