Olá Pessoal,
Este é o penúltimo post da Série Top 8 Práticas de Gestão do Conhecimento, identificadas como as mais usadas pelos membros da Comunidade de Práticas (CoPs) de Maturidade em Gestão do Conhecimento e Inovação (MGCi), hoje compartilharemos experiências sobre a prática Programa de Ideias, este post teve colaboração especial de Fabio Vernalha e Soraia Damin. Se ainda não leu, acompanhe os demais post da Série Top 8 Praticas de Gestão do Conhecimento:
Parte 1: Mapeamento do Conhecimento Critico
Parte 2: Comunidade de Práticas
Parte 3: Pesquisa Aplicada
Parte 4: Páginas Amarelas
Parte 5: Lições Aprendidas
Parte 6: Benchmarking
A criação do conhecimento e posteriormente a inovação é impulsionada por nossa imaginação de como algo poderia ser melhor, diferente, simples e com valor, e tudo isso emerge na organização em formas de ideias. Estimular os colaboradores a compartilharem suas ideias, reconhece-los e proporcionar a implantação é um dos pontos fundamentais para geração de valor da gestão do conhecimento.
Boa Leitura!
Programa de Ideias
O que é:
Trata-se de um processo estruturado para captar, avaliar e acompanhar as ideias geradas na empresa. É uma evolução das conhecidas “caixinhas de sugestões”, onde os colaboradores sugerem ações para melhorar operações, processos e produtos das empresas. Esta prática parte do pressuposto de que o colaborador pode ser a melhor pessoa para identificar oportunidades de melhoria e de mudanças positivas para a organização. Dependendo da estratégia da empresa, o programa poderá atender desde pequena sugestões de melhorias até ideias capazes de gerar novas oportunidades de negócios e inovação.
Quando utilizar:
Essa ferramenta pode ser utilizada pelos colaboradores conforme determinação da empresa, que poderá deixa-la disponível para utilização em tempo integral ou por períodos determinados (ciclos). Neste último caso, normalmente são realizadas “campanhas” para lançamentos de ideias relacionadas a temas específicos.
O que é necessário:
Para o desenvolvimento e implantação, é necessário um Plano de Ação que contenha:
- Definição de objetivos da ferramenta
- Elaboração de Tutorial com informações claras sobre o programa (forma de contribuição, utilização, avaliação, premiação...)
- Comunicação da ferramenta
- Alinhamento de desenvolvimento da infraestrutura com TI
- Desenvolvimento do ambiente virtual
- Definição de critérios e workflow de avaliação/aprovação/implantação
Capacitação
- Plano de sensibilização
- Programa de capacitação para usuários
- Programa de capacitação para facilitadores
Como aplicar:
Conforme critérios definidos pela empresa, as ideias enviadas poderão ser utilizadas para melhorias de processos internos, melhorias organizacionais, qualidade de produtos e serviços, captura de oportunidades de projetos de inovação, desenvolvimento de novos produtos/serviços, entre outros.
Boas práticas, dicas e possíveis adaptações:
Realização de benchmarks para avaliação da melhor estrutura do programa
Definir estrutura alinhada com o perfil, cultura, estratégia e visão da empresa
Necessidade de “patrocínio” da Alta Direção
Definição de budget para implantação das ideias e possíveis ações de reconhecimento – vale lembrar que ações de reconhecimento não se limitam as valores monetários.
Exemplos de aplicação:
CTEEP
A CTEEP adotou a ferramenta Canal de Ideias como uma de suas práticas de Gestão do Conhecimento e Inovação. A ferramenta fica disponível para todos os colaboradores da Empresa no Portal do Conhecimento, na Intranet. O processo funciona com base em workflow, onde todas as ideias passam por um fluxo de avaliação até a efetivação de sua conclusão ou reprovação.
Processo de Conhecimento
( ) Planejamento (X) Criação (X) Codificação e Organização (X) Compartilhamento e Disseminação ( ) Manutenção e Proteção ( ) Acesso e Aplicação
Empresas com aplicação: Serasa Experian, Embraer, Vale, MWM
Sobre os Autores:
Fabio de Carvalho Vernalha, apaixonado por Gestão e por Inovação, é por formação Engenheiro Naval pela Poli/USP, pós-graduado em Gestão de Negócios com ênfase em Sustentabilidade pela Fundação Dom Cabral e mestrando em Empreendedorismo e Inovação pela FEA/USP.
Está há 4 anos na Natura, sendo atualmente responsável pelo Inteligência Competitiva, área que integra a VP Marcas e Negócio.
Possui histórico de atuação em Escritório de Projetos, Processos, Gestão do Conhecimento e Inovação na Natura e em passagens pela TAM S/A, TerraForum Consultores e Endearvor. É coautor do livro “10 Dimensões da Gestão da Inovação” em conjunto com José Cláudio Terra.
Fernando Fukunaga, é Gestor de Educação e Comunidades em Gestão do Conhecimento e Inovação da SBGC Nacional. Mestre em Administração pela PUC/SP. Acredita que conhecimento é fonte para uma sociedade mundial unida para a produção de propósito compartilhado, luz e paz para todos que buscam viver em harmonia.
Soraia Camargo Damin, formada em Administração de Empresa e pós graduada em Gestão Estratégica de Pessoa, possui mais de 6 anos de experiência em temas relacionados a Desenvolvimento Humano e Organizacional.
Atua há 2 anos na área de Projetos de um grande Banco, com ênfase em implementação de iniciativas relacionadas à Gestão do Conhecimento. Também já atuou com esse tema em empresa de grande porte no setor de energia elétrica.