A representatividade do indivíduo com mais de 40 anos na sociedade brasileira

É comum observarmos no ambiente social ou corporativo, associações e estereótipos que vinculam de maneira equivocada a idade do agente com suas preferências ou necessidades. Desassociar temas como tecnologia, esportes radicais, festas e sexualidade às pessoas com mais de 40 anos, por exemplo, é recorrente na cultura da nossa sociedade.  

Jogos de azar, descanso, cuidados com a saúde, todas essas podem ser condições e preferências que definitivamente independem da idade.  As pessoas possuem peculiaridades e necessidades personalíssimas, sendo fundamental e basilar que se questione essas associações que acabam estereotipando e corroborando com o etarismo na sociedade e nos ambientes de trabalho. 

O Estado enquanto equalizador de direitos, pode intensificar esta informação afim de combater o etarismo. Campanhas públicas ligadas a temas de maneira geral podem ser inclusivas e equiparar por meio da representatividade aqueles que contam com mais de 40 anos.

Qual perfil lhe vem à mente quando ilustramos por meio de pessoas uma propaganda ligada à tecnologia ou educação sexual? 

Por vezes a imagem do “jovem” é usada de maneira equivocada, inclusive se adotarmos o critério de representatividade proporcional ao qual o país e o mundo apresentam ascensão do indivíduo com mais de 40 anos. A imagem de um país tão jovial e saudável é deturpada e gera um efeito de anteidentidade, ou seja, as pessoas não se vêm como maioria e não acreditam na consecução de seus direitos. 

Deste modo, se torna fundamental o engajamento dos gestores da rede pública e privada na realização de campanhas que representem a realidade etária brasileira e que quebre paradigmas limitantes.  É preciso romper com ideias generalizantes que vinculam características as pessoas pela idade que possuem e não por suas reais condições, personalidade, preferência ou necessidades. 

Comunidade SBGC Master
Para discutir temas como os abordados neste artigo, foi criada a comunidade de aprendizagem SBGC Master. Ela surgiu em função do interesse comum no aprendizado e na aplicação desse saber durante o KM Brasil 2021, na atividade “World Café”, realizada no pré-congresso, e também durante o painel sobre Etarismo.
O SBGC Master é um centro de encontro de pessoas, associadas à SBGC ou não, para se inteirar e discutir assuntos relacionados à longevidade, tais como: Economia prateada, Etarismo, Pós-aposentadoria, Lifelong learning, Iniciativas favoráveis para este público, Importância dos +40 para GC, Continuidade profissional, etc. Se você deseja participar da comunidade ou saber mais sobre ela, Clique Aqui. 

por Daniela Burgo Batata e Raquel Balceiro.

Sobre as autoras:
Daniela Burgo Batata – Advogada. Mestranda em Direito pela Universidade de Marília – UNIMAR – Pós-Graduada em Direito Civil e Processo Civil pelo IDCC – Instituto de Direito Constitucional e Cidadania de Londrina. Atualmente é Analista Previdenciária da SPPREV – São Paulo Previdência (Supervisão). Membro da comunidade SBGC Master da SBGC

Raquel Balceiro – Professora de gestão do conhecimento da Pós-graduação lato sensu em Gestão do Conhecimento (MBKM) da COPPE/UFRJ e da Pós-graduação em Gestão Estratégica de Petróleo, Gás e Energias da Fundação Dom Cabral (FDC). Doutora em Engenharia de Produção, com ênfase em Gestão do Conhecimento, pela COPPE/UFRJ, Membro da comunidade SBGC Master da SBGC